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ONIRA

Onira é um rito-performance da série  Kalunga, que busca materializar existências afrodescendentes que foram assassinadas pelo Estado ditatorial dos anos 1960/70. O título da obra, Onira, faz um trocadilho com o apelido Nira, forma carinhosa pela qual os familiares chamavam Helenira Resende. Única estudante negra da Faculdade de Letras, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo (USP), envolvida na resistência de guerrilha e morta pelo governo militar no Araguaia nos anos 1970, quando estava à frente de um grupo de mulheres camponesas. Onira é uma divindade por si só em território Iorubá; no Brasil, ela é uma qualidade de Iansã, próxima de Oxum; simbolizada por uma borboleta, relaciona-se com a alma dos heróis mortos em campo de batalha.

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