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Tchidohun

Numa reprodução do rito de divinização dos reis e Rainhas de Uidá e Daomé. tchiodohun, consiste em colocar o corpo do rei morto em uma canoa que atravessa o rio que une o país dos vivos e o país dos mortos, a fim de que ele adquire poderes sobrenaturais. Segundo Nicolau Parés, proibir povos dominados de praticarem seus rituais fúnebres era uma das principais armas de guerra durante o período escravocrata. A proibição de tal prática os deixaria mais vulneráveis aos ataques, enfermidades e qualquer tipo de resistência a forças dominadoras. 

Neste sentido, a artista depositou no seu corpo nomes de mulheres cujas vidas contribuíram significativamente na construção do país . Em seguida depositou seu corpo numa canoa tal como apontam as descrições etnográficas do rito . Por fim, o corpo imbuído do nome de outras mulheres é embarcado numa canoa de madeira maciça e levado até a Pedra da Baleia- assentamento mais antigo no Brasil, constituído de divindades femininas centrais na organização do candomblé do Reconcavo baiano. O objetivo deste rito é restituir a força vital , saqueada durante o capitalismo global - entitulada Asè pelas comunidades de matriz africana

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