top of page

Contemplada pelo PROAC de Promoção das Culturas Negras, Kalunga ,dá inicio ao segundo ciclo de danças de cura- criada a partir ritos de morte do candomblé do Recôncavo baiano.Em parceria com o street artist Thiago Consp e a cineasta Luara D, a performer desenvolveu rituais de transição para duas personalidades vítimas da tortura na ditadura militar no Brasil.Numa instalação-rito percorre-se um trajeto composto por três fases onde imagem, corpo, texturas e cheiros guiam o público através de um rito de passagem . Nesta travessia, o mar aparece como metáfora para a morte. Entre sensorialidades, fotografia e videoarte, o público é introduzido ao universo simbólico da morte na cultura afro-brasileira. Guiada por duas vertentes distintas da resistência política da época : o líder operário da greve na Fábrica de Perus ( João Breno), e a estudante negra que abandonou o curso de letras da USP para aderir a guerrilha do Ararguaia ( Helenira Nazareth). Cria-se um trânsito-politico entre o campo e a cidade, o passado e o presente. A poética deste território mítico-histórico, entende a terra como origem da morte e do renascimento e as aguas enquanto signo da memória. No intuito de mover a memória, a artista cede seu corpo como campo de transição uma vez por semana mudando o trajeto da agua e transformando o espaço.

A história como rito
bottom of page