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IBEJI

Ibeji é parte dos ritos aos mortos sacrificados na construção do estado. Neste rito, considera-se o genocidiio escravocrata que viabilizou a construção do Brasil, enquanto país moderno em um aspecto nacional específico- o infanticídio.Fenomeno notado pelas lideranças não-violentas, ritualizadas em Osalufã (João Breno e S.Tião de Souza), os dois fundaram o Centro de Defesa dos Direitos Humanos Carlos Alberto Pazzini. Afim de conter os grupos de extermínio que atuavam extensivamente no bairro de Perus, sendo o motivo inicial que levou à descoberta da vala comum construída pelo Estado ditatorial no mesmo bairro. A organização tem como objetivo denunciar os crimes cujo foco em sua maioria eram jovens periféricos. Segundo as filosofias diaspóricas dos povos de matriz africana , o Ibeji ( ou crianças), guardam em si a possibilidade do futuro podendo mudar inclusive o passado. Os infanticídios do Estado Brasileiro e as violações de direitos humanos contra crianças e adolescentes vitimizam no geral povos afrodescendentes ou originários da terra. Há eventos que vão desde a fazenda nazista Santa Albertina que escravizou centenas de jovens nos anos 30, passando por privações do direito ao ensino tal como as que levaram as Ocupações dos Estudantes Secundaristas em 2016, privação a internet durante a pandemia, até chacinas propriamente ditas, como a da Candelária (1993). Este rito busca reaver para a comunidade a força vital saqueada da população infantil não-branca - tal força recebe o nome de Asè nas culturas do Oeste Africano.

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