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OSALUFÃ

A manifestação mais antiga de Osala nomeia a prática ética e estética de ritualização da Fábrica de Cimento de Perus. Atualmente abandonada, esta fábrica forneceu cimento para a construção de Brasília e foi palco para a maior greve do período ditatorial da América Latina. Liderada pelos Queixadas, o movimento de resistência pacífica que lutava por condições de trabalho mais dignas para os trabalhadores da Fábrica, em sua maioria negras e negors periféricos. A filosofia de Firmeza Permanente, consiste numa prática individual e coletiva de responsabilidade social com foco de construir uma rede auto-sustentável que possibilite reações críticas ao meio. Sob o signo de Osalufã, o rito tem como finalidade imortalizar a memória de João Breno. Ao liderar tal organização não-violenta, o trabalhador foi torturado pelo governo militar. Na primeira década dos 2000, ele veio a falecer por problemas neurológicos adquiridos durante a tortura. O registro oral da organização e seu líder , nos foram transmitidos por S. Tião de Souza, que agora in memorian, soma-se ao quociente energético do rito.

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